O meu PT é o melhor
Na revista masculina Men’s Health (que o meu companheiro faz questão de comprar mas não ler), li recentemente uma pergunta / resposta, que passo a enviar em foto. Compreendi a pergunta e concordei com a resposta, mas achei por bem dar a minha opinião, baseada na minha experiência como acérrima frequentadora de ginásio, com direito a PT.
O meu, e só para que conste não fui eu que escolhi, foi o que me saiu na rifa, é muito agradável à vista. É 10 anos mais novo que eu, mas é um mocinho muito bem estruturado, física e psicologicamente. Já treino neste formato há 2 anos e meio, aproximadamente. Quando conheci o meu PT (aquele que me saiu na rifa, porque simplesmente marquei avaliação física no ginásio e não sabia quem ma ia fazer) estava num lugar bastante mau. Pronto. Deixa lá isso...
De repente, comecei a ganhar mais confiança e a alcançar objetivos, no início, a nível físico. E depois comecei a estabilizar a nível emocional. Ter alguém sempre a motivar-nos, a incentivar-nos, a garantir que fazemos os exercícios de forma correta, ajuda a ganhar gosto na prática do exercício (sendo eu alguém que nunca o teve e que precisou de água com açúcar no primeiro treino acompanhado). Ver os músculos a crescer, o corpo a mudar, a ganhar gosto em olhar ao espelho, é muito satisfatório.
E depois deste tempo todo, ter um amigo, um companheiro, alguém que pergunta se estamos bem e que garante que estamos bem, é muito compensador a nível emocional. É aconchegante e aquece o coração os olhares de cumplicidade que trocamos e por vezes conseguimos mesmo entender-nos sem dizer uma palavra. Chegamos mesmo a conversar sobre assuntos que não tem nada a ver com o que estamos a fazer (entenda-se, treinar) e chego a dar por mim a pedir-lhe conselhos. Por isso, entendo este senhor ao achar que tem uma relação “extra” com esta treinadora. E até poderá ter, se sentir a amizade, o companheirismo e o respeito que eu sinto pelo meu. Mas é só isso. E eu compreendo-o.
Além disso, falemos da fisiologia do ser humano e da prática de exercício: liberta hormonas que nos fazem sentir bem. O corpo está a associar um estímulo muito positivo (a prática do exercício) à presença de uma pessoa. E isso engana o cérebro! O efeito é semelhante ao consumo de substâncias ilícitas, é viciante! Este senhor vai achar que precisa de estar com esta senhora para ser feliz, o que não é inteiramente verdade.
Se eu pudesse falar com este senhor, era o que lhe diria.