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Sam ao Luar

Sam ao Luar

07
Abr22

52 semanas de 2022 - 8 factos sobre mim

Sou Touro e mais 7

Sam ao Luar

Facto 1: Sou Touro com ascendente em Virgem. Sou também cientista e era suposto não ter qualquer crença nestas coisas. No entanto, as coincidências são demasiadas para achar que são só coincidências. Assim, tenho em mim os 7 pecados mortais. Gostaria de dizer que, por isso, vou direta para o Inferno, mas... pasme-se! Sou também professora, portanto, tenho lugar cativo e reservado no Céu. Acho que vou alternando consoante as estações...

Facto 2: A Gula - "Coisas que aprecia: todo o tipo de conforto, incluindo boa comida..." #eumalhopracomer

Facto 3: A Avareza - "Os sentimentos que melhor o descrevem são o sentimento de posse e os ciúmes... pode ser excessivamente possessivo com pessoas e haveres..." #étudomeu

Facto 4: A Inveja - "A sombra de Touro incorpora o lado desagradável de Escorpião: venialidade, inveja, ciúme e ressentimento..." #ladolunar

Facto 5: A Ira - "... esconde um temperamento colérico, pronto para explodir quando o sentimento de propriedade do Touro é ameaçado... é uma fúria que leva tempo a amainar..." #mainada

Facto 6: A Luxúria - "... é um hedonista que desfruta em pleno a sua sensualidade..." #ohyeah 

Facto 7: A Preguiça - não está escrito em lado nenhum, mas o meu companheiro costuma dizer que eu tenho que dormir as 8h necessárias para ser "aturável" #naometoquesedeixamedormir

Facto 8: A Soberba - apesar de tudo, tenho muito orgulho naquilo que sou e no que me tornei. #fim

 

Desafio de Escrita - 52 semanas de 2022

Também participam neste desafio: A Introvertida, Ana do Green Ideas, Anita Não se Cansa disto, Bruno no Fumo do seu Cigarro, Carlos Palmito, Cristina Aveiro, Di a Mulher, Fátima Bento, Isabel M Silva, João-Afonso Machado, José da Xã, Maria Araújo, Maria do Abrigo das Letras, Olga Cardoso Pires, Purpurina

02
Abr22

52 semanas de 2022 - formas de ganhar o meu coração

Sam ao Luar

Sinto que a minha vida está em banho-maria. Aquece mas não entra em ebulição. E, no entanto, parece uma montanha-russa de sentimentos: ora vai acima muito devagarinho, chega lá acima no pico da emoção, e depois vem cá para baixo a toda a velocidade. Pensamento positivo: a viagem costuma ser curta.

Posto isto, gostaria de fazer um daqueles textos giros em que a malta se ri à fartazana dizendo que uma das formas de ganhar o meu coração é fazerem-me o jantar e arrumarem-me a cozinha depois de um dia de trabalho. Na realidade, é mesmo. Isso e uma massagem nos gémeos depois de uma corrida!!!

Mas nesta montanha-russa de emoções, com uma taça de chocolate em banho-maria que tem sido a minha vida nos últimos dias, aprendi formas alternativas e muito mais eficazes de ganhar o meu coração. Uma delas foi ouvir o "estou muito orgulhoso de ti". Algo que nunca tinha ouvido em quase 40 anos de "carreira" neste mundo. Fiz sempre tudo porque era a minha obrigação. Fui assim ensinada. E, de preferência a ser a melhor. Porque nunca devemos comparar-nos com quem está abaixo mas sim com quem é melhor. Portanto, fui buscando sempre, em tudo o que fui fazendo, uma razão para que me dissessem tais palavras... que nunca cheguei a ouvir.

Recebi também "obrigados" sentidos. Por coisas pequenas, que não me custaram dizer ou fazer, porque eu sabia que era isso que me competia dizer ou fazer. Mas efetivamente sentir que fiz a diferença, por mais pequena que fosse, e ouvir um "obrigado" fez com que aquela pessoa ganhasse também um pedaço do meu coração.

Aquele valente abraço... Aquele obrigado por me aturares... Aquele agora vais ter que levar comigo... É um prazer.

Eu sei que o que está mal sou eu: nunca me ensinaram a sentir e a expressar emoções. Nunca me deram abertura para isso. Habituei-me a ser uma máquina fria. Não sei manifestar carinho, não sei lidar com elogios e obrigados e com pessoas que, efetivamente, querem estar na minha companhia. Desconfio e parece-me tudo mentira. Tenho medo de que seja mais um engodo da vida. 

 

 

Desafio de Escrita - 52 semanas de 2022

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18
Mar22

52 semanas de 2022 - se pudesses partir, para onde irias?

Sam ao Luar

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O que interessa, por vezes, não é tanto onde estás mas com quem estás. E eu sei com quem estou bem.

 

Desafio de Escrita - 52 semanas de 2022

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04
Mar22

52 semanas de 2022 - livro favorito - pode ser autor favorito?

Sam ao Luar

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Iniciei-me na arte do gosto pela leitura muito cedo, porque, afinal, gostar de ler é uma arte. Cultiva-se. Só quem a ela se dedica, melhora. 

Iniciei, por isso, muito cedo o amor pelos livros de Stephen King. O mestre do suspense, terror psicológico, do mórbido e do macabro. Foi assim moldado o meu estilo de livros, filmes e mesmo os meus medos. Este brilhante autor mexe os cordelinhos dos nossos neurónios guardados no fundo do cérebro, aqueles que deixamos bem lá escondidos e que não queremos que apareçam porque as ideias que eles trazem metem medo. Adoro livros de terror, filmes de terror, tudo o que mexa com a mente sã e com os meandros do oculto e paranormal. E se quem viu os filmes baseados nos livros deste senhor acha meh? Não tem comparação ler um livro e ver um filme. Nunca. Em tempo algum.

Ler o livro é viajar, dar largas à imaginação, ver as coisas a acontecer na nossa mente. É exercitar o cérebro, a memória, moldar as nossas opiniões. É desenvolver o nosso espírito crítico, é ter asas para voar, é ter liberdade.

O que lemos nos seus livros mete realmente medo. Mexe com o que é de mais primário na mente humana. Se achamos que tudo o que escreve é inventado? Sim mas... e se não?

 

 

Desafio de Escrita - 52 semanas de 2022

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21
Fev22

52 semanas de 2022 - amizades do coração

Mini dissertação sobre o caracter evolutivo da amizade

Sam ao Luar

Estou convencida que o conceito de amizade adquire vários significados e evolui, através de um processo semelhante ao da seleção natural.

Na adolescência acreditamos que criamos amizades para a vida. São o mais importante que temos no mundo, muitas vezes acima de tudo o resto. Trata-se de uma tentativa mórbida de inclusão e aceitação de grupo. Tendemos a agir para enquadramento social, muitas vezes em detrimento do nosso bem-estar. Ou seja, fazemos muitas asneiras... E as amizades desaparecem. Fica nada.

Já na idade adulta (mas ainda dotados de imaturidade) acreditamos que somos independentes, que os amigos são passageiros, que há vários tipos de amigos, cada qual adequado para a respetiva ocasião: o amigo da corrida, o amigo da cerveja e das cartas, o do café, aquele que vai à praia, etc. Mas no fundo, no fundo, aquele amigo que vem quando precisamos, não há. Além disso, temos vergonha de admitir que dele precisamos. E, portanto, passamos este período de adultez imatura, sozinhos, mas acompanhados.

Nesta fase de maturidade (aquela que tem a perfeita noção de que ainda tem muito para aprender) em que me encontro, tenho a clara noção de que algumas amizades que fizemos na adolescência se mantiveram toda a vida em estado latente e que acabam por voltar. Sei que há "amigos" que só ligam mesmo quando é para pedir alguma coisa ou para "jogar e beber cerveja" e está tudo bem também.

Há outros, aqueles que eu mais gosto, que foram feitos numa partida do destino. Entraram assim na minha vida e no meu coração: uns devagarinho, quebrando barreiras, outros de rompante, quase sem pedir permissão. Aqueles que me dão tempo para respirar e que também me tiram o fôlego. Que concordam em discordar. E que me trazem felicidade: me aquecem o coração e a alma. Me dão paz e alento. Sanidade mental e qualidade de vida.

 

Desafio de Escrita - 52 semanas de 2022

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18
Jan22

52 semanas de 2022 - uma memória

Aqueles pontapés da vida...

Sam ao Luar

Desafio de Escrita - 52 semanas de 2022

Gostava de partilhar uma memória feliz. Mas não.

Hoje vou partilhar uma memória de uma situação alarmante, que acontece de certeza com muitas mulheres por esse mundo fora. É uma injustiça. Deveria ser ilegal. Tira-nos o tapete debaixo dos pés, desiquilíbra-nos. A nossa tentação é cair desamparada no chão. No entanto, as mulheres levantam-se e procuram outro tapete. Mais uma vez.

Trabalhei algum tempo numa empresa na qual desempenhava uma função que nada tinha a ver com a minha formação. Acabei por gostar do trabalho. Considero que me tornei boa naquilo que fazia, a ponto de me proporem o contrato a termo, com renovações automáticas, como manda a lei, até à entrada nos quadros da empresa. O meu contrato foi renovado duas vezes. 

Estava grávida. Trabalhei até às 38 semanas. Não ia à casa de banho muitas vezes, trabalhava maioritariamente sentada, a falta de mobilidade não era um problema. Comia e bebia nas horas devidas e não mais. Entretanto, meti licença de maternidade. 5 meses, que são meus de direito e o meu bebé nasceu em Janeiro. É fazer as contas...

Lembro-me perfeitamente que o meu contrato acabava a 30 de Maio. 15 dias antes fui chamada. O meu contrato não iria ser renovado pela 3a vez, logo, não iria ficar efetiva na empresa. Pelo contrário, fiquei desempregada, com um pequeno de meio ano nos meus braços, sem perspetivas, desmoralizada, injustiçada. Eu sei que trabalhava bem, que cumpria os objetivos e fazia mais do que aquilo que inicialmente me estava destinado. Aprendi o trabalho, desempenhei-o melhor que bem. 

Tenho a certeza que o empregador não queria nos quadros da empresa um "mãe", com direito a horário de amamentação, faltas justificadas por assistência à família e com outras responsabilidades que, de repente, passei a ter. Tenho a certeza que o empregador não queria passar um bom funcionário à efetividade, porque isso traz outro tipo de encargos à empresa. Tenho a certeza que o empregador não fez nada de ilegal, porque não foi uma rescisão de contrato. Foi uma não renovação no tempo certo.

Se me senti enraivecida? Sim. Se me senti desolada e deitada fora como lixo? Também. Se me senti desamparada e com medo do futuro? Óbvio. Se continuei a procurar, outra e outra vez, começar do início, tudo de novo? Não poderia ser de outra maneira. 

Quem passa por este tipo de violência emocional resigna-se mas aprende. Aprende que o trabalho não é tudo, que a família está em casa. Aprende que os colegas de trabalho nem sempre são amigos e que os pontapés no rabo são gratuitos. 

 

10
Jan22

52 semanas de 2022 - 10 coisas que te deixam feliz

Sam ao Luar

Desafio de Escrita 52 semanas em 2022

Sem nenhuma ordem em particular. Há mais, sem dúvida, mas estas saíram quase imediatamente.

  • O Mar 

E tudo o que lhe pertença: o cheiro, a praia, os pés na areia, a água fria, o barulho das ondas, a salitre no cabelo, caminhar nas rochas.

  • O Pôr do Sol

Ou como diz o meu mais pequeno "a cor do sol". O final de mais um dia, o sentimento de objetivo concluído.

  • O cheiro de trás da orelha do meu filhão e o seu beijinho gordo

Pergunto-me se ele vai cheirar sempre ao meu bebé, ou se é melhor ir aproveitando enquanto me deixa focinhá-lo todo.

  • Ir ao ginásio

Não podia faltar, né?

  • Colocar as fitas antes das aulas de combat e trautear baixinho as músicas.

A antecipação. É o meu único ritual.

  • Comer (e conviver) ou Conviver (e comer)

Qualquer coisa, acompanhada de boa companhia e uma boa bebida.

  • Fazer amor

Aquilo que todos pensamos e ninguém diz.

  • A música

Sozinha, com a minha música. No carro, no banho, no ginásio, em qualquer lado. É quando imagino o meu pequeno mundo dentro do mundo: tem personagens, vidas, cenas, filmes, ação e romance. Tem de tudo!

  • Alguns cheiros

Um pacote de batatas fritas acabado de abrir, pipocas, o desodorizante do meu homem, relva acabada de cortar, roupa lavada, café, protetor solar.

  • Sentar no sofá e sentir o calor do sol a bater nos pés.

De repente, lembrei-me da banda sonora do filme Música no Coração:

"I simply remember my favourite things and then I don't feel sooo baaadddd."

 

03
Jan22

52 semanas de 2022 - Descreve a tua personalidade

Spoiler alert: não vão gostar...

Sam ao Luar

Desafio de Escrita 52 semanas em 2022

Tema 1: Descreve a tua Personalidade

Era eu ainda nova, a minha mãe gritou-me que eu era fria e calculista. Ela tinha razão. Mas para apimentar aqui a coisa, pedi ao meu companheiro de vida para descrever a minha personalidade em 5 palavras: teimosa, possessiva, corajosa, determinada e chata (acho que esta última foi para despachar...).

Eu sou fria e calculista. Sou insensível, instável (ora estou muito bem ora estou muito mal) mas também sou apática, muitas vezes. Sou aquela pessoa que enche, enche, enche e depois explode e... saiam da beira, quando isso acontece. Sou ciumenta e possessiva. Muito: o que é meu, é meu, tira daí as ideias. Em relação a tudo: amor, amigos, comida! Preciso da minha estabilidade, dos meus pés no chão, dos meus bens materiais. Sou preguiçosa para tarefas domésticas. Sou teimosa como uma mula, não suporto que não me deem a razão quando sei que a tenho, detesto que me diminuam e me retirem o valor. Não gosto de ter a fama e não ter o proveito. Sair da rotina cria em mim muita ansiedade. 

É tudo mau? Talvez não. Sou muito intuitiva, confio quase cegamente na minha intuição, ela tem quase sempre razão. Sou inteligente, trabalhadora, tento ser boa em tudo o que faço. Sei que não sou a melhor. Esforço-me, pelo menos. Faço tudo o que posso pelas pessoas de quem gosto, mesmo aquelas que não mereçam. No final, normalmente quem perde sou eu. Sou boa ouvinte, mas não sou boa conselheira. Acho que sou aquela que está presente mas em silêncio.

Detesto perder. No jogo, na vida, em tudo. Tenho dificuldade em acreditar em mim e não confio em elogios. Sou impiedosa e vingativa. Na generalidade, acho que não sou boa pessoa. Ou então, tenho consciência daquilo que é mau mas ainda não acredito naquilo que tenho de bom.

 

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